quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Secretário de Obras Públicas e Coordenador de Defesa Civil de cidade argentina visitam projetos sustentáveis da prefeitura de Osasco

argentinos3

Os técnicos Andres Francisco Herrera, subsecretário de Obras Públicas, e Abel Acuña, Coordenador da Defesa Civil, ambos do Município de Esteban Echeverria, na região metropolitana de Buenos Aires, Argentina, visitaram nesta quarta-feira (19/11) diversos espaços geridos pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de Osasco.

Clique aqui para ver fotos...

Acompanhados por Carlos Marx, secretário de Meio Ambiente, os argentinos conheceram, no período da manhã, atividades desenvolvidas no Parque Chico Mendes como os viveiros de produção de mudas de arvores e de flores, a nascente do córrego Bussocaba, bem como o Núcleo de Educação Ambiental (NEA) no Parque Dionísio Álvares Mateos, no Jardim das Flores, e o Parque Ecológico Inácio Pereira Gurgel.

A parte da manhã foi encerrada com visita ao Núcleo de Educação Ambiental (NEA) Padre Angelo Mazzarotto onde os visitantes assistiram ao vídeo do Projeto Biodiesel cuja finalidade é a captação do óleo de cozinha usado e a proteção dos recursos hídricos e suas nascentes.

argentinos2

No período da tarde, Abel e Andres conheceram o depósito do Projeto Biodiesel, as instalações do Departamento de Áreas Verdes (DAV) e o Parque Ecológico Ana Luiza Moura Freitas, no Jardim Piratininga onde está instalado o Borboletário Municipal. A bióloga Paulina Arce explicou o funcionamento do borboletário, explanou sobre a vida das borboletas e todo o seu ciclo. Mostrou, ainda, o laboratório onde são realizadas pesquisas.

Abel Acuña ficou encantado com os trabalhos de educação ambiental desenvolvidos, principalmente porque eles estão interrelacionados e com temas diversificados como água, cuidados com o lixo, aquecimento global. “O borboletário é um local único. É um enriquecimento pessoal e profissional. Felicito a todos, equipe técnica e o secretário Carlos Marx, pelo trabalho”, resumiu.

Andres Herrera também teceu elogios sobre as atividades realizadas pela Sema e disse que gostaria de passar mais dias na cidade para conhecer outras ações sustentáveis da administração.  “É honroso o trabalho que estão realizando na cidade”, sintetizou.



“Depois de receberem na Argentina eu e o Delcides Regatieri, coordenador da Defesa Civil, em sua cidade na semana passada, os amigos argentinos de Esteban Echeverria vieram conhecer de perto nossas realizações e experiências nas áreas de meio ambiente, habitação e defesa civil em Osasco. Foi um ganho para todos nós”, finalizou Carlos Marx.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Para especialistas, causas da seca vão além do desmatamento na Amazônia

Floresta possui função importante de levar chuvas a outras regiões do continente. No entanto, cientistas são cautelosos com associação entre redução da mata e a pior estiagem em 80 anos no Sudeste.

Dürre in Brasilien



O Sudeste passa pela pior seca dos últimos 80 anos, com mais 130 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais afetados. Um relatório recente, apoiado pela ONG WWF Brasil, apontou o desmatamento na Amazônia como uma possível causa para o fenômeno – e a conseguinte crise da água. Especialistas ouvidos pela DW, porém, dizem que os motivos vão além.

Ainda não há um estudo científico que comprove a relação direta entre desmatamento e seca. E estudiosos são céticos em fazer essa ligação, sobretudo porque a queda na precipitação em 2014 está fora da proporção na comparação com o aumento da área desmatada no último ano – em 2013 ela atingiu um total de 763 quilômetros quadrados.

Dinâmica de chuvas alterada

Apesar de pesquisadores concordarem sobre a importância da Amazônia na regulação do clima para todo o país, a contribuição do desmatamento para a atual seca é controversa.

Devido à capacidade das árvores de absorver água do solo, a floresta amazônica possui um importante papel para a regulação do clima na América do Sul. Ela libera umidade para atmosfera, mantendo o ar em movimento e levando chuvas para o continente.

A umidade é exportada para regiões distantes pelos chamados “rios voadores” – sistemas aéreos de vapor – irrigando áreas no Sul, Sudeste, Centro-Oeste do Brasil, além de Bolívia, Paraguai e Argentina.

Esse papel já foi comprovado por diversos estudos. E foi reforçado por um relatório que reuniu artigos sobre o potencial climático da floresta divulgado no final de outubro pela Articulação Regional Amazônica (ARA), como o apoio da WWF Brasil.

O documento, porém, vai além. E aponta que o desmatamento na região pode ter um impacto significativo sobre o clima próximo e também distante da Amazônia, ao reduzir a transpiração da floresta e modificar a dinâmica de nuvens e chuvas no continente.

“Não posso colocar toda a culpa na Amazônia, mas há uma combinação de efeitos, e o desmatamento é em parte responsável. Há também uma oscilação natural e as mudanças climáticas provocadas pelos homens”, afirma Claudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva da WWF.

Maretti diz que os efeitos do aquecimento global pioram com o desmatamento na região, que aumenta as emissões de CO2 na atmosfera.
 
Para Pedro Telles, coordenador de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, a destruição da floresta é um dos fatores que contribuiu para causar a atual seca, mas não é o principal.

"O principal fator da crise da água em São Paulo é a má gestão. Há anos já se sabia que o Sistema Cantareira tinha limitações e possivelmente chegaria a uma situação de crise e esgotamento. Há problemas na distribuição da água, o desperdício nessa etapa ultrapassa 30%, além da pouca preservação da área de manancial. Mas esses fatores nunca foram tratados adequadamente", afirma Telles.
 
O biólogo Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), também é ponderado ao relacionar a seca ao desmatamento. Ele afirma que pode haver uma relação entre os dois, devido ao papel climático da floresta, mas evita apontá-lo como a causa principal.

"Não temos dados para explicar uma queda de precipitação tão drástica somente por esse efeito. A queda na precipitação no corrente ano está muito fora da proporção em relação ao aumento da área desmatada de 2013 para 2014", completa Fearnside.

Massa de ar seco

Entre a comunidade científica é quase unânime a importância da Amazônia para as chuvas no continente. No entanto, há divergências sobre sua relação com a estiagem.

"Não dá para dizer que o desmatamento da Amazônia é responsável pela estiagem no Sudeste, porque não existe nenhum estudo científico que comprove essa relação direta", afirma o meteorologista Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O meteorologista da USP Tercio Ambrizzi é da mesma opinião. "É muito difícil associar a atual seca com o desmatamento. Ele causa impacto, mas numa variabilidade de mais longo prazo e contribui para as mudanças climáticas", reforça.

Sampaio lembra que a seca foi causada pelo predomínio de uma intensa massa de ar seco sobre o estado de São Paulo durante o verão, que bloqueou as frentes frias vindas do sul trazendo as chuvas.

Além disso, as mudanças climáticas podem estar contribuindo para a situação atual. "A seca pode ser caracterizada com um desses extremos e pode ser já uma resposta às mudanças climáticas, mas não ocorre somente por isso", completa Ambrizzi.

Com chuvas abaixo da média, o volume de água em importantes rios e represas do Sudeste, como o rio Paraíba do Sul, a nascente do São Francisco e o Sistema Cantareira, diminuiu drasticamente. O abastecimento hídrico em várias cidades está comprometido.

A estiagem também contribuiu para aumentar o número de incêndios florestais no Sudeste. Entre em janeiro e novembro deste ano, os focos de incêndios aumentaram 275% no Rio de Janeiro, 150% em São Paulo e 135% em Minas Gerais, em relação ao mesmo período de 2013.


Fonte: DW BRASIL (www.dw.de)

Permacultura: integra florestas e uso racional dos recursos hídricos

agua

A permacultura cresce a cada dia em todo o planeta e está presente na arquitetura, urbanismo, engenharia, agricultura, produção e consumo de energia, novos materiais, enfim, em todos os setores.

Além disso, a permacultura traz a espiritualidade e o sentimento de conexão para a prática, isto é, a compreensão de que tudo está interligado: rio, montanha, árvore e pessoas. Especialistas e ativistas, como a indiana Vandana Shiva, têm reafirmado a necessidade de um resgate da forma como nossos antepassados viviam: criando sistemas locais de suprimento, intensivos e em pequena escala (ao invés de terceirizarmos para longe a satisfação das nossas necessidades básicas e os nossos impactos e resíduos).

A combinação monocultura e pecuária extensiva + latifúndios + mecanização, criada na tentativa de abastecer grandes cidades sem conexão com as necessidades da terra, tem mostrado suas consequências, dentre eles desertos, desmatamentos, falta de água (como a chuva atrasou pra chegar esse ano / as roças de milho e os pés de pequi são também testemunhas).

O Instituto de Permacultura EcoVIDA São Miguel, por exemplo, afirma que a agricultura do futuro deve ser integrada às florestas e sem desperdício de água por irrigação, que é o principal gasto de água no Brasil. No site do instituto o internauta encontra algumas técnicas e temas que se correlacionam com a permacultura tais como filtros biológicos, biorremediação e tratamento natural dos esgotos domésticos, banheiro seco, Sistema Agroflorestal (SAF), consumo local e economia solidária, reaproveitamento de materiais e alimentação e consumo consciente.

O que é permacultura?

O termo permacultura surgiu na década de 1970 com o objetivo de apresentar um novo método de interação com o ambiente que engloba conhecimentos e tecnologias para o desenvolvimento de ecossistemas mais harmônicos e responsáveis. Ainda, propõe a organização de sistemas produtivos integrados à natureza, com zero desperdício e reciclagem de insumos.

A Permacultura está na base da agricultura orgânica, da agroecologia, das agroflorestas, das ecovilas e de tantas outras iniciativas que vão se tornando cada vez mais conhecidas e respeitadas.

No centro da atividade do permacultor(a) está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia.

SAIBA MAIS
Instituto de Permacultura EcoVIDA São Miguel
http://ecovidasaomiguel.org
Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA)
http://novo.ipemabrasil.org.br

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Sema Osasco realiza mutirão de arborização e limpeza na Vila Yara

Dando sequência às atividades de plantio de árvores, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da Prefeitura de Osasco realizou na manhã do último sábado (8/11) mais um mutirão de arborização e limpeza na área de Lazer localizada ao final da Rua Silvério Sasso no bairro Vila Yara.

Foram plantadas 48 mudas de árvores com altura entre 1,5m a 3m, de diversas espécies, dentre elas ipês, aroeira salsa, araçá. Após o plantio, foi realizado um mutirão de limpeza no local.

A atividade foi organizada com a participação de grupo de moradores do bairro mobilizados, como Hélio Alvarenga, que se comprometeu a realizar todos os sábados uma ação para limpeza do local e manutenção das árvores plantadas.

sema_arborizacao

O grupo de moradores encaminhará ao prefeito Jorge Lapas um pedido para implantação de uma quadra poliesportiva no local.

Carlos Marx, jornalista e secretário de Meio Ambiente, participou da ativdiade. Em sua fala, ressaltou a importância da mobilização da comunidade para zelar e fiscalizar as áreas de lazer, valorizando os espaços arborizados e permitindo recreação e melhoria na qualidade de vida.

Os mutirões de arborização e limpeza acontecem mensalmente em Osasco e interessados em organizar a atividade nos diversos bairros podem obter maiores informações na Sema pelo telefone: 11 3652 9511, sema@osasco.sp.gov.br

Após o Partido Verde entrar com moção contra a parceria firmada há quase quatro décadas, Bundestag vota pela manutenção do pacto, renovado por mais cinco anos.

Apesar de algumas manifestações contrárias, no Brasil e na Alemanha, principalmente por parte do Partido Verde (PV) dos dois países, a Bundestag – equivalente alemã da Câmara dos Deputados – decidiu na noite de ontem (6/11) pela continuidade do acordo de cooperação com o Brasil na área de energia nuclear.

Durante a campanha presidencial brasileira, o candidato Eduardo Jorge (PV) pediu audiência com a presidente Dilma Rousseff e o embaixador alemão no Brasil para tratar do assunto. O PV alemão entrou, em setembro, com moção contra a continuidade da parceria entre os dois países. Hoje, no entanto, a maioria dos deputados, da base do governo alemão, votou contra a moção.

Assinado em 1975, o acordo é renovado automaticamente a cada cinco anos, caso nenhuma das partes se posicione contrariamente pelo menos um ano antes da renovação, no máximo. Para que não seja renovado em 2015, a posição deve ser evidenciada até 18 de novembro deste ano.

Os parlamentares da União Democrata Cristã (CDU) e do Partido Social-Democrata (SPD) se comprometeram, no entanto, a avaliar a necessidade de alterações no texto do acordo.

De acordo com a moção do PV alemão, a parceria nuclear entre os dois países tem protocolos de segurança ultrapassados, o que causa preocupação em relação à segurança das usinas nucleares brasileiras Angra 1 e Angra 2. O PV alemão havia entrado com a moção no Bundestag no final de setembro, alegando que a cooperação bilateral no setor nuclear não contribui para melhorar a segurança nas duas usinas nucleares brasileiras, de Angra 1 e 2.

Pelo acordo, na teoria, o Brasil se comprometia a desenvolver um programa com empresas alemãs para a construção de oito usinas nucleares, além do desenvolvimento de uma indústria teuto-brasileira para a fabricação de componentes e de combustível para os reatores.

Em meados de outubro, a Comissão para Economia e Energia do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) já havia defendido a manutenção do acordo Brasil-Alemanha. Segundo o parecer da comissão, o acordo também é de interesse alemão e abrange mais aspectos do que apenas a construção e administração de usinas nucleares.

“O acordo contém muito mais disposições sobre questões relacionadas à segurança, à proteção contra a radiação e a não proliferação de combustível nuclear”, diz o documento.

Além disso, o país tinha interesse no repasse da tecnologia para poder dominar o ciclo de enriquecimento de urânio. Mas, na prática, muito pouco saiu como o assinado.



Segundo Kotting-Uhl, uma das autoras da moção do Partido Verde, agora a oposição vai exigir que as promessas de análise do acordo e alterações sejam cumpridas, garantindo que ele seja focado somente nas questões da segurança, do armazenamento do lixo atômico e do desligamento de usinas e não voltado a fomentar a geração de energia nuclear.

Agitação no plenário

Durante o debate, Kotting-Uhl e o deputado da legenda A Esquerda Hubertus Zdebel  defenderam o fim do acordo nuclear com o Brasil, alegando que a cooperação nesse setor não condiz com a atual política alemã de mudar sua matriz energética e desligar todas as usinas do país.

Atualmente, no âmbito do acordo, são realizados encontros anuais entre representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Sociedade Alemã para a Segurança de Usinas e Reatores Nucleares (GRS), para a troca de informações e experiências, além de workshops e cursos.

SAIBA MAIS
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN): www.cnen.gov.br
Fonte: www.dw.de

TRE-SP retotaliza resultado das eleições e valida votos de Kaká Werá

kakaO Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) retotalizou no dia  22 de outubro, o resultado das eleições 2014 para os cargos de senador e deputado estadual.
 
Com a retotalização, houve pequena alteração no quociente eleitoral, mas não na distribuição das vagas para a Assembleia Legislativa. Esse procedimento foi necessário porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reformou três decisões do TRE.

A chapa do Partido Verde ao Senado, encabeçada pelo candidato Kaká Werá (PV-SP), teve o recurso deferido pela Corte Superior e os 186.598 votos recebidos foram validados, passando a ocupar o quinto lugar entre os concorrentes por São Paulo.

Com a nova totalização, o quociente eleitoral para o cargo de deputado estadual passou de 218.141 para 218.147. Como ainda existem recursos a serem julgados no TSE, poderá haver outras retotalizações e novas alterações dos dados já divulgados.